Durante muito tempo, a confiança foi meu principal critério de decisão. Se eu sentia firmeza na conversa, se havia histórico, se o aperto de mão parecia verdadeiro, eu seguia. E não me arrependo disso. Foi assim que construí parcerias, formei equipes e ergui negócios.
Mas também foi assim que, em determinados momentos, me vi sem as respostas que esperava, sem o respaldo que imaginava e sem o controle que achei que tinha.
Confiei demais. E deleguei o que, na verdade, eu ainda precisava sustentar.
Aprendi, da forma mais dura e mais valiosa, que confiança não substitui estrutura. Que decisões importantes não podem depender apenas de afinidade ou promessas. E que, quando se trata de negócios, especialmente no setor imobiliário, o que está em jogo é muito maior do que a relação entre duas pessoas: é o impacto que isso gera em sócios, clientes, fornecedores, famílias, reputações.
Foi a partir desse ponto que decidi mudar a forma como liderava. Passei a construir com governança. A criar camadas de decisão, a definir responsabilidades com clareza, a exigir alinhamento, não por desconfiança, mas por maturidade.
Hoje, quando ajudo empresários, vejo muitos passando pelo que eu vivi: confiando no instinto, no sócio, no contador, no jurídico terceirizado e deixando de lado a estrutura mínima que garante autonomia, previsibilidade e segurança para o negócio crescer.
A confiança continua sendo um valor inegociável para mim.
Mas agora, ela vem acompanhada de método.
De cláusula.
De conselho.
De governança.
De cláusula.
De conselho.
De governança.